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O que fazer em São Paulo de graça (ou quase de graça)

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Quando comecei a escrever sobre o que fazer em São Paulo, percebi que grande parte das pesquisas vêm de pessoas que moram na capital paulista, como eu. Reuni algumas dicas no melhor espírito “me deixa ser turista na minha própria cidade” tentando facilitar para que todo mundo tenha a oportunidade de visitar e aproveitar os pontos que deixam São Paulo tão legal para turistas, mas que passam batido na correria da rotina para quem mora aqui.

E se você é turista e está passeando por São Paulo, aproveite e organize-se com as dicas mais legais do que fazer! Se tiver dúvidas, pode me enviar ali no formulário de “contato” –eu respondo, na medida do possível, quando a vida dá tempo ou quando as mensagens não caem na caixa de spam.


São Paulo, a maior cidade do Brasil, oferece uma infinidade de opções para quem está passeando e busca explorar suas atrações variadas. Com uma cena cultural rica, uma gastronomia diversificada e uma mistura de arquitetura moderna e histórica, há opções do que fazer em São Paulo para todos os tipos de visitantes (e moradores).

Vale lembrar que todos os valores são de novembro de 2023, ok? E podem sofrer reajuste na virada do ano, com as férias escolares.

Museus em SP

MASP
Sesc Avenida Paulista
Itaú Cultural
Casa das Rosas
Japan House
IMS
MAM
MAC
Museu do Ipiranga
MIS
Museu do Futebol
Museu da Imigração
Pinacoteca
Museu da Língua Portuguesa
Sala São Paulo
Museu Catavento

Parques de SP

Parque Ibirapuera
Horto Florestal
Parque Villa-Lobos

Centro Histórico de SP

Liberdade
Catedral da Sé
Pátio do Colégio
CCBB
Theatro Municipal
Jardins da Prefeitura de SP
Mosteiro de São Bento
Mercadão
25 de Março

Grafites em SP

Beco do Batman
Minhocão

Museus em SP

A capital paulista é um verdadeiro centro cultural, e a Avenida Paulista é repleta de opções para quem busca o que fazer em São Paulo. A Avenida Paulista fica aberta para pedestres (e fechada para veículos) aos domingos, entre 9h e 16h. Alguns dos museus de São Paulo mais legais estão na Avenida Paulista ou é possível pegar transporte público nela para chegar até os museus.

Veja também: Avenida Paulista é perigosa para passear?

MASP

Talvez o ponto mais famoso da Avenida Paulista seja o Museu de Arte de São Paulo (MASP), um ícone da cidade, tanto pela sua arquitetura inovadora quanto pela impressionante coleção de arte que abriga. O museu flutuante projetado por Lina Bo Bardi tem ainda uma feirinha de antiguidades no vão do MASP aos domingos.

MASP oferece exposições temporárias e uma vasta coleção permanente que inclui obras de artistas renomados, como Portinari e Di Cavalcanti. O MASP tem ingressos grátis às terças-feiras, mas vira e mexe oferece gratuidades às quintas, dependendo de empresas e marcas dispostas a bancar os ingressos. Fique de olho nas redes sociais do MASP (eles costumam avisar sobre os dias extras de gratuidade por estes canais). Nos demais dias, os ingressos para o MASP custam R$ 60 (meia R$ 30).


Lá na Trianon, onde fica o MASP, está o Centro Cultural da Fiesp, onde também costumam rolar atrações e exposições (gratuitas). Ali também rolam alguns shows gratuitos aos domingos.

Sesc Avenida Paulista

Há opções gratuitas de passeios nas duas “pontas” da Avenida Paulista. No lado “Brigadeiro/Paraíso”, não deixe de visitar o mirante do Sesc Avenida Paulista. As entradas são gratuitas e disputadíssimas. É preciso reservar a subida até o mirante com antecedência por meio do app do Sesc. Mas a vista vale a pena!

O 17º andar, onde fica o mirante, possui um café (mas para lanchar com preços mais honestos, desça até o 16º andar, na Comedoria. Ali tem café, lanches simples e até a sopa, que é uma delícia e vem com uma baita fatia de pão).

Os outros andares possuem exposições temporárias (no 5º andar) e até algumas aulas gratuitas com atividades físicas nos andares 10 e 11, abertas ao público. Vale consultar a programação nas redes sociais porque eles sempre divulgam quais são as aulas (já adianto que as aulas livres de pilates são disputadíssimas!).

Itaú Cultural e Casa das Rosas

Outras opções legais de passeio ficam ali nos arredores do Sesc: o Itaú Cultural, com exposições temporárias e entradas gratuitas, é vizinho do Sesc; a Casa das Rosas, recém reaberta, também é visita do Sesc (e tem um jardim muito lindo, um café e um restaurante nada barato). A parte boa é que a visitação na Casa das Rosas também é gratuita!

Japan House

Japan House, também com exposições temporárias gratuitas promovidas pelo governo japonês, é vizinha de frente da Casa das Rosas e tem um café bem gostoso! As programações do Itaú Cultural, da Casa das Rosas e da Japan House estão sempre atualizadas nas redes sociais deles.

A um quarteirão dali está o Centro Cultural Coreano no Brasil. Espaço pequeno, só para visitar e sair, mas que costuma abrigar atrações gratuitas e super instagramáveis. Fica praticamente na frente da estação de metrô Brigadeiro, na saída mais próxima do cruzamento das avenidas Paulista x Brigadeiro Luís Antônio.

IMS

Na outra ponta da Avenida Paulista, no sentido Consolação, está o Instituto Moreira Salles (IMS), com outra vista incrível da Paulista e atrações gratuitas –para quem está com um dinheiro sobrando, é ali que fica o outro restaurante do chef do Mocotó, o Rodrigo Oliveira. Se chama Balaio IMS.

MAC e MAM, no Ibirapuera

Outros museus imperdíveis em São Paulo incluem o Museu de Arte Contemporânea (MAC), que fica na frente do Parque Ibirapuera, onde há muito tempo foi o Detran-SP. Ele tem visitação gratuita todos os dias, e possui um terraço incrível com vista para o parque –há um restaurante ali em cima, mas você não precisa consumir absolutamente nada para curtir a vista; o pôr do sol ali é disputadíssimo.


Dentro do Ibirapuera está também o Museu de Arte Moderna (MAM), que exibe uma extensa coleção de arte contemporânea e fica dentro do Parque Ibirapuera (entrada gratuita aos domingos; demais dias, R$ 30; meia R$ 15). Outra opção muito legal dentro do Ibirapuera é o Museu Afro Brasil (ingressos por R$ 15; meia R$ 7,50), que possui oficinas além da exposição fixa. O Museu Afro Brasil é gratuito às quartas-feiras.

Não é um museu, mas é um bônus no Parque Ibirapuera: o Planetário está funcionando normalmente, com sessões aos sábados e domingos. O ingresso custa R$ 30 (meia R$ 15), mas há sessões gratuitas –o problema é que elas não são fixas, é preciso ficar de olho no site da empresa que administra o parque para ver quanto tem ingresso grátis.

Museu do Ipiranga

O Museu do Ipiranga com as belas fontes funcionando. Foto: Talita Marchao

Outra opção cobiçada é o Museu do Ipiranga, que apresenta a história do Brasil em um majestoso edifício e foi reaberto depois de quase uma década (ele é gratuito às quartas-feiras e no primeiro domingo de cada mês). Saiba mais sobre a política de ingressos para o Museu do Ipiranga e como chegar até o Museu do Ipiranga de metrô (e ônibus).

E a retirada do ingresso gratuito é feita somente de forma presencial, sem reserva pela internet, direto na bilheteria e depende da lotação. Eles são distribuídos por ordem de chegada. Nos outros dias, o ingresso custa R$ 30).

Se você conseguiu entrar lá antes do fechamento de 2013, a visita pode decepcionar um pouco. O prédio foi restaurado e está lindo, e a visita ao mirante que não rolava antes é muito legal. Mas grande parte do acervo que antes estava lá não foi devolvida (ainda). Isso significa que você não verá aquelas carruagens, os vestidos, móveis gigantes e nem mesmo o cabelo do Dom Pedro I.


MIS (Museu da Imagem e do Som)

MIS é outro museu muito bacana que é super fácil de chegar com um ônibus a partir da Avenida Paulista (na verdade, você pega o ônibus na rua Augusta, que cruza a Paulista. Aqui recomendo parar o ônibus e perguntar se ele desce até o MIS, já que praticamente todas as linhas passam por ele). Ele tem uma programação com exibição de filmes e exposições (algumas das mais disputadas em SP foram realizadas ali, como a do Castelo Rá-Tim-Bum e do David Bowie).

Para não confundir: existe uma outra unidade do MIS que se chama “MIS Experience”, e fica na Barra Funda, só que mais perto do Terminal Lapa, e bem longe da estação Barra Funda. Ele fica ainda mais longe do MIS da Avenida Europa (é a rua Augusta que muda de nome neste pedaço). É no MIS Experience que rolaram atrações famosinhas interativas instagramáveis, como a mostra do Michelangelo, do Leonardo da Vinci e da Mona Lisa.

Os preços de ingressos também mudam: no MIS Europa, algumas exposições são sempre grátis; a entrada, em geral, para a programação mais “especial” é de R$ 40, sem dia da semana com ingressos gratuitos; no MIS Experience, o preço depende do evento/mostra/exposição.

Museu do Futebol

A entrada do imponente estádio do Pacaembu, onde fica o Museu do Futebol. Foto: Gilberto Marques/A2img/Flickr Governo do Estado de SP

 

O Museu do Futebol, que fica no estádio do Pacaembu, em São Paulo, tem entrada gratuita às terças-feiras. Entretanto, ele estará com a principal exposição fechada para visitação a partir do dia 6 de novembro. A previsão é de que, após as obras de reformulação, ela volte a ser aberta ao público em abril de 2024.

O próprio estádio do Pacaembu passa por reformas e que, por causa disso, as áreas em que era possível observar o gramado já estavam fechadas –incluindo o acesso ao campo.

Vale lembrar que é preciso atualizar as informações do Museu do Futebol (afinal, o Pelé morreu e as meninas do futebol feminino seguem dando um show). Enquanto a exposição principal, por onde se percorria 15 salas com a história do futebol brasileiro, estiver fechada, uma mostra temporária sobre Futebol de Brinquedo estará disponível para o público curtir (e brincar).

Museu da Imigração

Museu da Imigração fica na zona leste, próximo da estação Brás do Metrô, na Linha 3 – Vermelha e da estação Bresser-Mooca da CPTM (elas possuem ligação interna, fique tranquilo). Ele fica na Mooca, e foi instalado no complexo histórico da antiga Hospedaria de Imigrantes (se você tem parentes que vieram viver/trabalhar no Brasil no fim do século 19 e começo do século 20, é quase certeza de que eles passaram por ali depois do desembarque no porto de Santos).

O Museu da Imigração tem ingresso gratuito aos sábados, e é possível visitar as instalações e os jardins. Durante a semana, o ingresso custa R$ 16, meia entrada R$ 8, mas o bacana é que, com agendamento prévio, é possível pesquisar e buscar informações sobre a chegada da sua família no Brasil –lembre-se de que registravam nossos sobrenomes todos errados, então pesquise todas as variações possíveis. Para adiantar os trabalhos, recomendo que você faça uma busca no próprio acervo digital do Museu da Imigração antes de ir até lá presencialmente.

Lá é possível também fazer um curto passeio de Maria Fumaça por R$ 35 (mas não tem meia entrada: idosos e estudantes pagam R$ 30, por exemplo). Existe lá dentro também a opção de comer e beber em um bar nos trilhos, que se chama: Nos Trilhos. Ele fica dentro de um vagão de trem. Durante a noite, rolam umas festinhas com música e banda por ali (mas o Museu fecha para visitação às 18h).

Pinacoteca e Museu da Língua Portuguesa

O prédio da Estação da Luz, onde fica o Museu da Língua Portuguesa. Foto: Governo de SP/Divulgação

 

A região da estação Luz é tão rica em atrações que um dia é pouco para visitar tudo com calma. Mas se você só tem um dia para visitar, recomendo o sábado: é quando o ingresso é gratuito no complexo de museus da Pinacoteca, como a Pina Luz, na Pina Contemporânea, na Estação Pinacoteca, no Memorial da Resistência e no Museu da Língua Portuguesa. Sim, você visita tudo de graça em um único dia.

Vamos por partes: a Pinacoteca do Estado (ou Pina Luz) é o prédio maior, mais imponente, que fica dentro do Parque da Luz. Você sai da estação da Luz (do metrô e do trem) na mesma calçada da Pinacoteca, nem é preciso atravessar a rua (é só seguir as placas dentro da estação).

Além de um acervo fixo fantástico, há uma série de exposições temporárias. E não deixe de visitar a Pina Contemporânea! Alguns dos quadros mais famosos do acervo, na verdade, estão lá (Tarsila, Portinari e por aí vai).

Pina Contemporânea também fica dentro do Parque da Luz (aliás, o próprio Parque da Luz é repleto de esculturas, inclusive de artistas famosos como Victor Brecheret). O novo museu foi inaugurado em 2023, onde antes ficava uma escola estadual que mudou de endereço.


Agora vem a parte triste: Se a parte mais legal do acervo (na minha humilde opinião) está na Estação Pinacoteca (ou Pina Estação), chegar até lá é um problema. Você pode caminhar pelo Bom Retiro até o edifício da Estação Júlio Prestes, é onde fica a Sala São Paulo.

O caminho é praticamente o mesmo que você faria até a rua José Paulino para fazer compras, mas você segue no sentido da torre da estação (que é um prédio antigo lindo onde antes funcionava o armazém da Estrada de Ferro Sorocabana).

É seguro? Hum, depende do “fluxo” dos dependentes químicos da Cracolândia. Quando as pessoas não “migram” para a região do Largo General Osório, acho que até dá para arriscar se você estiver em um grupo grande de pessoas durante o dia, mas não no fim da tarde.

Mas não ande, de forma alguma, com celulares nas mãos e correntinhas de ouro (nem mesmo bijuteria brilhante demais). E ande com passos rápidos! Agora, se os dependentes químicos tiverem migrado para aquela região da frente da Estação Júlio Prestes, eu não me arriscaria a ir caminhando (é preciso verificar as notícias mais recentes sobre a Cracolândia e onde o “fluxo” se encontra no momento da sua visita; o “fluxo” migra de acordo com as operações da polícia).

Antigamente o governo estadual oferecia uma van gratuita aos sábados para este trajeto entre Pinacotecas (adivinhe se ela não foi cancelada pelas atuais gestões?). Confesso: eu não caminharia por ali atualmente, já que a Cracolândia atualmente é “itinerante” (ela circula de acordo com as operações policiais: o fluxo corre pra qualquer lado, hoje em dia).

A opção mais segura para ir até a Estação Pinacoteca e o Memorial da Resistência, onde fica os registros da ditadura no antigo prédio do DEOPS-SP (onde os presos políticos eram presos, torturados e mortos), é pagando R$ 4,40 e passando por dentro da estação Luz.

Siga pela pataforma 1 da CPTM (linha Rubi – sentido Jundiaí). Ali existe uma saída que dá direto dentro do estacionamento do Complexo Júlio Prestes, onde tem segurança, câmera e tudo mais. O problema disso é se você tem um grupo muito grande de pessoas (pagar para usar o atalho, na soma, pode não sair barato).

E o Museu da Língua Portuguesa?

Ele fica dentro do edifício da Estação da Luz. Além do ingresso gratuito aos sábados, o Museu da Língua Portuguesa tem meia entrada para todos aos domingos até o fim de 2023. Depois do incêndio que destruiu completamente as instalações da primeira versão do museu, ele foi reaberto ainda mais interativo, lúdico e moderno. E ainda ganhou um café no terraço, com vista para a região do Parque da Luz e especialmente para a famosa torre do relógio da Estação da Luz.

Vale lembrar que o Museu da Língua Portuguesa e o Museu do Futebol possuem um “esquema especial” de ingresso combinado: ao comprar o ingresso para o Museu do Futebol, o visitante pagará meia entrada para visitar o Museu da Língua Portuguesa e vice-versa –mas só comprando as duas entradas ao mesmo tempo; mesmo que um dos ingressos seja comprado com o preço inteiro, o segundo sai pela metade do valor. Neste caso, o visitante tem 30 dias para visitar os dois museus. O ingresso do Museu da Língua Portuguesa custa R$ 20.

Sala São Paulo

A vista do coro, a parte mais “pobre” da plateia da Sala São Paulo, que fica trás da orquestra (e uma das mais legais, já que dá para ver as caras e bocas dos maestros). Foto: Talita Marchao

 

A Sala São Paulo, que fica no mesmo completo do Memorial da Resistência e da Estação Pinacoteca, é linda demais. A principal casa de concertos de SP tem apresentações gratuitas aos domingos, com ingressos grátis disputadíssimos (é mais fácil acertar 4 números da Mega-Sena do que conseguir entradas para os Matinais da Sala São Paulo). Alguns concertos matinais ocorrem aos sábados.

É possível fazer uma visita monitorada para conhecer o edifício e a sala de concertos (R$ 5 por pessoa de segunda a sexta-feira; aos sábados e domingos, a visita é gratuita –é necessário reservar antecipadamente pelo e-mail visita@osesp.art.br).

Parques em SP

Parque Ibirapuera

Parque Ibirapuera e o Obelisco vistos do alto do MAC, o Museu de Arte Contemporânea. Foto: Talita Marchao

 

Apesar de ser uma metrópole movimentada, São Paulo oferece muitos lugares de fuga para a natureza. O Parque Ibirapuera é o pulmão verde da cidade, com amplas áreas verdes, lagos, pistas de corrida e diversas atrações culturais. Ele tem entrada gratuita, e lá é possível alugar bicicletas e triciclos para pedalar. E não tenha vergonha de levar a sua marmitinha: o que você mais verá por lá é gente fazendo piquenique!

Horto Florestal

Entre outros parques legais para passar o dia gratuitamente com lago, trilha e muito verde (com fácil acesso de transporte público) estão o Horto Florestal (sem a entrada na trilha para a subida da Pedra Grande, que é paga –e cara desde que foi privatizada); o Parque Alfredo Volpi, com suas trilhas; o Parque da Independência, nos arredores do Museu do Ipiranga, tem uma área arborizada gostosa no fundo do edifício-monumento, além de atrações para crianças e até chafarizes para brincar.


Parque Villa-Lobos

Entre outras opções (menos arborizadas) está o Parque Villa-Lobos, onde é possível alugar bicicletas (e tem fácil acesso pela CPTM, na estação Villa-Lobos Jaguaré) –é onde está a Roda Rico, a maior roda gigante da América Latina; mas é tão caro passear nela que a piadinha que fazemos é que só rico pode usar. Para você ter uma ideia, o ingresso para a Roda Rico custa R$ 79 inteira; meia entrada R$ 39,50.

E o Jardim Botânico? Desde que foi privatizado, acabaram com o horário em que ele tinha entrada grátis para caminhar lá dentro pela manhã. Agora ele tem ingresso caro (R$ 24,90 inteira comprando a entrada na hora; R$ 19,90 se você comprar na véspera pela internet. O Zoológico de São Paulo é ainda mais caro: o ingresso custa R$ 74,90, com meia entrada por R$ 37,45.

Passeio no centro histórico de SP

A cidade de São Paulo também é rica em arquitetura e história. O Centro Histórico de São Paulo abriga prédios históricos, como a Catedral da Sé e o Pátio do Colégio, onde a cidade foi fundada. É possível passear também pela região do bairro da Liberdade, já que o bairro fica atrás da Praça da Sé, ou conhecer o Mercadão, o Mercado Municipal de SP.

Liberdade

As lanternas famosas do bairro da Liberdade, em dia de festival. Foto: Talita Marchao

O bairro da Liberdade é um lugar fascinante que nos transporta diretamente para a cultura japonesa. Conhecido por suas ruas adornadas com lanternas vermelhas, lojas repletas de produtos orientais, restaurantes autênticos e festivais tradicionais, a Liberdade é uma verdadeira jóia da cidade.

Uma das principais atrações desse bairro é a Feira da Liberdade, que acontece aos sábados e domingos. Nela, é possível encontrar uma variedade incrível de produtos, desde souvenires japoneses e roupas tradicionais até ingredientes frescos para a culinária oriental. É um ótimo lugar para explorar e fazer compras. Além disso, agora aos domingos algumas ruas da Liberdade ficam fechadas para carros e abertas exclusivamente para pedestres entre 9h e 16h.

A Liberdade também é famosa por seus festivais, como o Ano Novo Chinês e o Festival das Estrelas. Esses eventos proporcionam uma oportunidade única de experimentar a cultura oriental de uma forma mais profunda, com danças tradicionais, músicas e comidas típicas. Tudo acontece na praça da Liberdade, que fica logo na saída do metrô: você acompanha os eventos gratuitamente (só paga o que consumir na feira, nas lojas ou nos cafés).

Lembre-se de que apesar de o bairro da Liberdade ser celebrado hoje como referência da comunidade japonesa no Brasil, ele tem sua origem enraizada na cultura negra e na escravidão. Inclusive, o nome do bairro é uma referência ao período da escravidão. Sobre isso, existe um tour muito legal realizado pelo pessoal do Guia Negro

Catedral da Sé

Catedral Metropolitana da Sé, conhecida popularmente como “Igreja da Sé“, é um dos marcos mais icônicos e importantes de São Paulo. Localizada no centro da cidade, essa majestosa catedral é um símbolo da arquitetura neogótica e da fé na região.

Construída ao longo de várias décadas, a Igreja da Sé é uma imponente estrutura de estilo gótico que se destaca por suas torres altas, vitrais coloridos e detalhes arquitetônicos impressionantes. Sua fachada imponente e suas esculturas artísticas são de tirar o fôlego.

No interior da catedral, os visitantes são recebidos por um espaço amplo e magnífico, onde a luz natural atravessa os vitrais, criando um ambiente sereno e espiritual. As estátuas e altares exibem a riqueza da iconografia religiosa. É possível visitar a Cripta da Sé: o ingresso custa R$ 10, e é permitido de segunda a sábado. Existe uma opção de ingresso que permite visitar as Cúpulas: custa R$ 60.


Uma ressalva: apesar da sensação de insegurança da Praça da Sé, ela é muito policiada. Acho que é seguro sair do metrô e caminhar por ela até a igreja (inclusive você passará pelo Marco Zero da cidade de São Paulo, que fica ali abandonado na praça). Outra questão é você verá muitas pessoas em situação de rua dentro da igreja. Lembre-se de que ela é aberta ao público, é um lugar seguro para estas pessoas e não seja preconceituoso com quem está ali, ok?

Pátio do Colégio

O Pátio do Colégio, localizado no coração de São Paulo, é um local de importância histórica fundamental na cidade. Foi ali que, em 1554, os padres jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta estabeleceram a primeira escola e igreja, marcando o nascimento da cidade de São Paulo.

O Pátio do Colégio é um marco da colonização portuguesa e desempenhou um papel significativo na história do Brasil. Hoje, o local abriga um museu que conta a história da fundação da cidade e dos jesuítas. Além disso, a igreja construída no local, reconstruída após um incêndio, é um exemplo notável da arquitetura religiosa colonial.

O ingresso para visitar o museu que existe lá dentro custa R$ 20 (sem dia com ingresso grátis). Mas ele possui, lá dentro, um jardim lindo e uma cafeteria (e você não paga para visitar os jardins).

CCBB

O Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo, também conhecido como CCBB São Paulo, fica entre a Praça da Sé e o Mosteiro de São Bento, entre os calcadões da região central da cidade. A grande diferença é que ele não funciona às terças-feiras. O ingresso para exposições costuma ser gratuito, mas é preciso reservar a visita no site (não dá para chegar e visitar, é preciso reservar antes, ainda que a entrada seja grátis). As peças de teatro não possuem ingresso gratuito.

Para quem não se sente seguro para caminhar pelos calçadões do centro, o CCBB oferece uma van gratuita para nossos visitantes. Ela sai do estacionamento conveniado na rua da Consolação, 228 (não é preciso estacionar no local para embarcar na van). Na volta, ela ainda faz uma parada na estação República do Metrô e retorna ao estacionamento da Consolação.

Veja também: Como visitar o Edifício Martinelli? Saiba o motivo para a suspensão da visitação

Theatro Municipal

Além dos concertos e peças de teatro disputadíssimas no Theatro Municipal, é possível fazer uma visita monitorada gratuita. O ingresso deve ser reservado na véspera da sua visita por meio do site, e existe um limite de 2 ingressos por pessoa. As visitas monitoradas ocorrem às quartas, quintas e sextas (11h, 13h, 15h e 17h); aos sábados, 11h, 13h, 14h.

O interior do Theatro Municipal é igualmente impressionante. A parte mais linda, na minha opinião, é a sala dos espelhos. O grandioso hall de entrada recebe os visitantes com sua decoração luxuosa, lustres suntuosos e uma escadaria majestosa. O salão de espetáculos principal é uma verdadeira obra-prima, com uma cúpula ricamente decorada, pinturas murais, balcões ornamentados e uma acústica excepcional. A visita monitorada passa por todas essas áreas.


Se você conseguir ingresso para uma das disputadas apresentações, recomendo que você volte de metrô, mesmo que acabe tarde. Todas as pessoas acabam voltando desta forma (forma-se um fluxo enorme de gente em direção ao metrô Anhangabaú, na Linha 3 – Vermelha, tornando o trajeto bem seguro). Você pode tentar voltar de carro de app, mas eles não conseguem chegar até ali com o trânsito que se forma na saída das apresentações.

No subsolo do Theatro Municipal, fica um dos bares mais legais de SP, o Bar dos Arcos. No térreo, perto do lindo hall de entrada, fica um restaurante aberto durante o dia no Salão Dourado, administrado pela mesma equipe do Bar dos Arcos (oferece brunch e almoço).

Jardins da Prefeitura de SP

Da janelas do Salão Dourado do Theatro Municipal, é possível ver os jardins no topo do prédio da Prefeitura de São Paulo, no Edifício Mattarazzo. Também é possível visitá-lo gratuitamente. O roteiro passa pelo jardim na cobertura do prédio, onde há mirantes para o centro da cidade.

As visitas ocorrem de terça-feira a sexta-feira, em dois horários: 14h30 e 16h30; aos sábados, às 16h30; e aos domingos, 10h30 e 16h30. Não é preciso reservar o tour, é só chegar com 1h de antecedência (eles fecham os grupos faltando 15min para começar o tour). Ou seja, tente não se atrasar (muito), já que formam grupos de até 10 pessoas. A prefeitura fica no Viaduto do Chá, n°15.

Mosteiro de São Bento

Mosteiro de São Bento tem uma história rica e fascinante que remonta à época colonial. Foi estabelecido pelos monges beneditinos, que desempenharam um papel crucial na disseminação do cristianismo no Brasil. Fundada em 1598, a igreja, construída no século XVII, é um exemplo de arquitetura barroca e se destaca por sua imponência. Seu interior é decorado com elementos dourados, altares ricamente ornamentados e belas obras de arte sacra. O teto da igreja é uma obra-prima, pintado pelo artista italiano Caetano Fraccini.

Para entrar no Mosteiro de São Bento, não é cobrado nada. Você pode entrar e visitá-la (sempre respeitando os fiéis que ali estão, por isso não faça fotos com flash e não faça bagunça). Uma das atrações mais famosas do Mosteiro de São Bento é a missa com canto gregoriano. Realizada diariamente, a missa é acompanhada por cantos litúrgicos tradicionais que remontam ao século VI. O som solene e reverente do canto gregoriano cria uma experiência espiritual única para os fiéis e visitantes. É uma oportunidade de experimentar a conexão entre música, espiritualidade e tradição.

Ele possui também uma padaria (e os bolos são incríveis!) e, uma vez por mês, oferece um brunch que custa R$ 357 por pessoa (e é preciso reservá-lo com antecedência).

Curiosidade: o Sampa Sky (aquele lugar em que você tira as fotos em um piso de vidro no centro de SP) fica do outro lado do viaduto Santa Ifigênia (o Mosteiro está na outra ponta). Ele fica no 42º andar do edifício Mirante do Vale (que já foi o maior prédio de SP, hoje perdeu o posto para o edifício comprido do Tatuapé). Mas o ingresso mais barato para subir no Sampa Sky custa R$ 50. E você só pode ficar 1min30s no mirante de vidro.

Mercadão e 25 de Março

Não conheço uma pessoa que venha para São Paulo e não queira bater perna na famosa rua 25 de Março, centro popular de compras da capital. O melhor acesso é pelo metrô São Bento, pela saída da Ladeira Porto Geral. E aqui valem todas as dicas de segurança possíveis para circular em áreas com muita gente: nada de bolsa nas costas, bolsa a tira colo solta pelo corpo, celular em bolsinho de fácil acesso e carteira no bolso da calça. Ali tem assalto sim, não vou mentir.

Recomendo o uso da famosa doleira de viagem para levar celulares, cartões e dinheiro. E compre o seu bilhete de metrô ainda na ida, não deixe para comprar lá na volta (as filas são enormes). As barracas de rua com cobertura azul são oficiais, as demais não são. Você pode passar cartão nas azuis e nas lojas sem problemas (não ande com grandes quantias de dinheiro em espéci ali). Tomando os devidos cuidados, você comprará muita coisa com bons preços.

O Mercado Municipal de SP, o famoso Mercadão, fica a duas quadras da 25 de Março. O edifício, da década de 1930, tem vitrais lindos. Há restaurantes tanto no piso térreo quanto no mezanino (onde se come com mais calma), mas o tal sanduíche de mortadela é vendido em mais de um lugar lá dentro. O mais famoso é o do Bar do Mané.

Sobre o tal sanduíche de mortadela: já comi. Achei um exagero (e me deu uma baita dor de estômago). Mas tenho gastrite.

O grande alerta sobre o Mercadão é sobre o tal “golpe da fruta”. Funciona assim: você está caminhando e o vendedor te oferece a fruta para provar. Você prova e começa a ser coagido a comprá-la. Pressionado, aceita. Na hora de pagar, o preço faz com que se arrependa de ter comido aquele pedacinho: teve gente que pagou R$ 800 em bandeijinha de fruta. E não adianta: todo ano tem reportagem, denúncia, a polícia baixa lá e os vendedores param por uns dias. Mas sempre voltam a atazanar os turistas. Minha dica: não prove nada, não tem frutinha grátis.

Museu Catavento

Do outro lado da Avenida do Estado, mais próximo da estação Parque Dom Pedro do metrô (Linha 3 – Vermelha) fica o Museu Catavento, um dos mais legais de SP. Está localizado no Palácio das Indústrias, um edifício histórico no Parque Dom Pedro II, próximo ao centro de São Paulo. Apesar disso, a estrutura do museu é moderna e bem projetada.


É um museu voltado para divulgação da ciência para crianças, totalmente interativo e lúdico. Ele é gratuito às terças, e fecha às segunda-feiras. Nos demais dias, o ingresso custa R$ 15 (inteira). Crianças até 7 anos não pagam para entrar. Aliás, para quem não se sente seguro em caminhar nos arredores, o estacionamento do museu custa R$ 20 por um período de 4 horas.

Para os adultos, a diversão está do outro lado, atravessando a avenida Mercúrio: é onde fica a famosa zona cerealista. Recomendo vivamente as compras por ali (não perca as pipocas Cianorte, juro para você que os grãos todos estouram na panela!).

Grafites em SP

Beco do Batman

O Beco do Batman é uma galeria a céu aberto que abriga inúmeras obras de arte de rua e grafite. As paredes são cobertas por uma profusão de estilos, cores e temas. Artistas locais e internacionais criam um ambiente dinâmico e em constante evolução, já que os desenhos sempre mudam. É comum ver artistas trabalhando nas paredes, renovando as pinturas existentes ou criando novas obras de arte.

O Beco do Batman é uma área pública, e sua visitação é completamente gratuita. Ali ficam alguns vendedores ambulantes (que vendem especialmente bebidas alcoolicas). Lembre-se de que ali há pessoas morando nas casas (por isso, não faça gritaria. Os vizinhos agradecem).

Os grafites do Minhocão, o Elevado João Goulart, em diferentes momentos em que passei por ali andando ou de carro. Foto: Talita Marchao

 

Minhocão

Outra galeria de grafites a céu aberto está no Minhocão, o Elevado João Goulart. Ele fica aberto para pedestres aos sábados e domingos, e é possível caminhar, pedalar, patinar ou só tomar sol e fazer fotografias das empenas dos prédios grafitadas. Existe ainda um ponto do Minhocão em que é possível fotografar tanto o Copan quanto o Edifício do Farol Santander.

O melhor ponto para subir no Elevado é pelo acesso da rua da Consolação. Outro ponto relativamente seguro é pelo bairro da Santa Cecília (aliás, ali tem feira livre aos domingos, e você ainda pode almoçar um pastel com caldo de cana bem paulistano).


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