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É perigoso se hospedar no centro de São Paulo?

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As perguntas sobre a segurança no centro de São Paulo são sempre as mesmas: é seguro? É perigoso se hospedar no centro de São Paulo? Mas não vou ser assaltado? O que posso te dizer é que o centro de SP é como o de qualquer grande cidade no mundo: se você não sair ostentando seu celular nas mãos ou andar desatento com sua carteira ou sua bolsa, dá para passear sem problemas (durante o dia). Mas é preciso tomar muito cuidado!

Existem algumas regiões que devem ser evitadas, especialmente durante a noite –é sair do bar/restaurante direto para dentro do Uber, nada de bater perna pelas ruas da região.


Acho que o grande segredo para se hospedar no centro de São Paulo é escolher bem o lugar –de preferência, perto de estação de metrô e de bares e restaurantes. Atualmente, com as ações realizadas na região da Cracolândia, eu evitaria me hospedar nos arredores da República e a região dos Campos Elíseos, por exemplo. Mas durante o dia é possível passear por estes lugares (sem bobear com bolsa, joias e celulares).

Minha proposta aqui é indicar alguns lugares e o que existe ao redor. Assim, você conhece melhor os bairros do centro e pode escolher o que te favorece.

Veja também: A Avenida Paulista é segura para passear?

É perigoso se hospedar no centro de SP?

Arredores da República

Colado na estação de metrô que dá acesso às linhas Vermelha e Amarela (ou seja, dá para ir para a maior parte da cidade sem fazer baldeação), a região tem atrativos famosos como o Terraço Itália, o Copan, a Galeria do Rock e o Sesc 24 de maio. Dali, você ainda caminha pelos calçadões e alcança facilmente a região do Anhangabaú, de onde chega ao Farol Santander (prédio do Banespa), ao Theatro Municipal, na Santa Ifigênia e até mesmo na 25 de março.

Para os baladeiros ou fãs de um bom restaurante ou bar, a região tem lugares super famosos. A Casa do Porco, do chef Jefferson Rueda, fica a poucos metros da Praça da República (sim, evite andar pela praça no período noturno. Não, não é seguro. Só arrisque se tiver policiamento no local). Na região da Praça Dom José Gaspar também há bons bares e restaurantes –a caminhada ali também não é segura durante a noite.

Onde ficar hospedado no centro de SP?

Uma das opções honestas ali fica bem diante da Praça Dom José Gaspar: o Sooz Hotel Collection Boulevard Inn São Paulo. O edifício fica “nas costas” do Copan –há um acesso pelo mesmo quarteirão. É no edifício do Copan que ficam alguns dos restaurantes mais gostosos da região, como o Bar da Dona Onça, o bar de drinks Paloma, o famoso bar/boteco Copanzinho e o restaurante Eco Mercato –para todos os gostos e bolsos. E o Edifício Itália (e o Terraço Itália) fica na esquina. A Galeria Metrópole fica na frente! Ele tem ainda uma boa avaliação no Booking (+ de 8).

Outra opção é o Hotel Gran Corona, que fica numa ruazinha bem próxima da Praça da República e do metrô. Não se engane com a rua sem saída: ali fica um restaurante árabe sensacional e é a entrada do famosinho Esther Rooftop, um restaurante-bar super na modinha (e caro) em SP –ou seja, tem segurança na rua. Ele também tem nota + de 8 no Booking.

Uma opção relativamente longe da estação de metrô República, mas na cara do ponto onde para o Airport Bus Service é o Selina Aurora. Ele fica na Avenida Vieira de Carvalho em uma região super gay friendly, com uns bares super legais (e famosos) –além de estar pertinho do restaurante Gato que Ri. Para quem vai para o aeroporto de Guarulhos, pode ser uma excelente opção (você compra a passagem direto com o motorista!)

Para quem gosta de mapas: hospedagem em SP com preços honestos

Se você quer um lugar mais tradicional e tem mais dinheiro para gastar, o Marabá Palace Hotel é a sua melhor opção. Está na famosa esquina das avenidas Ipiranga e São João, do ladinho do Bar Brahma (também é um clássico paulistano). Tem vista, tudo moderninho, mas um quarto duplo não sai por menos de R$ 300.

E na região da Santa Cecília?

Confesso que aprendi a gostar deste pedaço da cidade quando trabalhei ali. Sim, dá medo atravessar durante a noite por baixo do “Minhocão”, ou Elevado João Goulart (não, o elevado Costa e Silva não tem mais nome de ditador). Mas a Santa Cecília virou um destes bairros hipsters queridinhos de São Paulo. Tem metrô –a estação Santa Cecília fica na linha vermelha.

Ali dá para almoçar, jantar, beber, cantar e se hospedar sem precisar sair do bairro –até área de lazer está disponível, já que o elevado é fechado depois das 20h para que os moradores possam dormir sem o barulho dos carros; o pessoal do bairro aproveita para praticar atividade esportiva, levar o cachorro para passear…

Nos finais de semana, o viaduto também fecha, e as pessoas montam até piscina ali em cima. Clima de parque mesmo. Aos domingos, tem feira livre no largo, perto da Igreja (sim, você ainda pode comer o tradicional combo paulistano pastel +caldo de cana).

Meu lugar favorito na Santa Cecília é um restaurante de refugiados chamado Majaz. É delicioso, barato e muito simples. Entre a Santa Cecília e a República há um outro restaurante famoso de São Paulo, o tal “O Gato que Ri” (italiano fino, gostoso e não muito barato). Por ali, você vai encontrar mais apartamentos à la Airbnb.