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Chichen Itza: como visitar a cidade dos maias

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Conhecer Chichen Itza, na Península de Yucatán, era um sonho antigo. Desde que conheci Machu Picchu, fiquei ainda mais tentada em visitar o México para conhecer as ruínas maias. Mas, pegando o mapa, reparei que não seria só chegar na região de Cancún e visitar super facilmente, como fiz em Teotihuacán, na Cidade do México.

Para visitar Chichen Itza, você provavelmente se hospedará em Cancún, Playa del Carmen ou Tulum –dependerá da grana que você está disposto a gastar e do que você pretende visitar. Para os meus passeios, montei base em Playa del Carmen, que fica a cerca de 1h de Cancún. Me pareceu um lugar bem “central” para todas as atrações.

A pirâmide de Kukulcán, ou El Castillo. Foto: Talita Marchao



Chichen Itza fica a cerca de 2h de Playa del Carmen. Você chega lá de três formas, basicamente: alugando um carro, com o ônibus da ADO e em passeios turísticos com grupos. Aí, dependerá do seu interesse: se você pretende passar o dia por lá e tem um grupo grande de pessoas (e uma grana sobrando), vale o carro –lembrando que o aluguel sai bem caro, pelo menos US$ 60 por dia. O bus depende da sua força de vontade: sai UM ÔNIBUS POR DIA de Playa (às 8h, mas vale confirmar), e um único outro para a volta às 16h30 (de novo, confirme a hora). Ida e volta saem por volta de US$ 40. Preste atenção neste preço.

Optei pelo tour justamente por causa do custo-benefício. Fui com a Travel Ahead, uma agência criada por brasileiros lá em Playa del Carmen. Achei muito bacana a oportunidade de fazer o tour em português, e não em espanhol –lembre-se de que mexicanos falam espanhol muito, muito rápido! O guia deu uma baita aula de cultura maia durante o trajeto todo e ainda levou água para o grupo (até comprou mais gelo no caminho) e nos deu as garrafinhas antes de entrarmos em Chichen Itza e depois, quando já estávamos cozidos de sol.

Mais do Castillo. Foto: Talita Marchao

O passeio foi feito de van, e não de ônibus (o que acelera e muito a viagem, existem muitos pacotes que são de ônibus, e o rolê leva uma eternidade) e dependendo da localização de cada um, a van passa pelos hotéis para buscar os passageiros. No meu caso, como eu estava em uma zona central em Playa (e não estava em um hotel), me buscaram no Coco Bongo, o ponto de encontro dos tours (uma balada super famosa).

E como é o tour em Chichen Itza?

De cara, o tour inclui o guia durante o passeio pelas ruínas (que dura em média 2h. Admito que é bem rápido, mas o calor é tão insuportável lá dentro que ficará difícil passar o dia todo, acredite. Não tem vento!).

É muito legal entrar na zona arqueológica e entender o motivo pelo qual a pirâmide tem 364 degraus + o chão no total (humm e a soma dará 365 <3) ou como eles jogavam bola com o “alvo” no alto e o que acontecia com o artilheiro (spoiler: não era legal. Cabeças rolavam). Fora o lance incrível que acontece se você bate palmas diante de um ponto específico da pirâmide (spoiler: ela rebate o som de um pássaro!).

Na hora livre, você pode caminhar até o observatório astronômico dos maias, Uma dica: não perca um minuto do passeio lá dentro. Tire muitas fotos e aproveite para comprar os souvenires (as lembrancinhas lá dentro são bem baratas, me arrependi de ter passado pelas barracas sem barganhar um belo sol para minha parede).

O observatório dos maias. Foto: Talita Marchao

Se for por conta própria, existe a opção de contratar guias lá na porta. Mas faça as contas: bus ou aluguel de carro + combustível + pedágio + entradas na zona arqueológica + guia + alimentação/água. Como viajante pão-dura e sozinha, achei pesadíssimo demais para o meu orçamento.

Mergulho em um cenote 

O tour ainda te leva para conhecer um cenote (cavernas com água doce que eram consideradas sagradas pelos maias). Segundo os guias, acredita-se que a queda daquele meteoro responsável pelo fim dos dinossauros criou os cenotes. São centenas deles na região da Península, e ainda estão mapeando os rios subterrâneos para entender como eles são interligados (ou não) com os cenotes. E praticamente todos os cenotes ficam em áreas particulares –sim, você vai pagar para entrar em cada um deles, e muitos são bem caros.

Foto: Talita Marchao

Os maias usavam os cenotes para fazer sacrifícios e oferendas aos deuses. Sim, isso significa que os arqueólogos encontraram muito ouro, pedras preciosas e muita gente ali dentro das águas –relaxe, tudo foi retirado. No cenote sagrado dentro de Chichen Itza é proibido mergulhar.

Meu tour passou em um dos cenotes mais famosos, o Ik Kil. O lugar é incrível! Você chega às águas (geladas) por meio de uma escada (no chão, não daquelas penduradas. Pode relaxar!) e eles alugam os coletes salva-vidas para quem não sabe nadar. Mas antes de entrar na água do cenote, é preciso tirar o protetor solar do corpo, para não contaminar a água. No local, foi servido ainda um buffet bem justo para o almoço, com uma bebida e sobremesa.

Com o grupo de turismo, todos ainda passam por um “Pueblo Mágico”, Valladolid –basicamente, um Pueblo Mágico é uma classificação dada para cidades históricas pelo governo mexicano. Valladolid, por exemplo, além de ser uma graça, é uma cidadezinha fundada em 1543.

Para os interessados em compras, existe ainda a clássica parada para comprar presentinhos e quinquilharias (mais caras, já aviso). Na nossa parada, o guia nos ofereceu um “mapa astral maia” por US$ 21 que era feito por uma comunidade maia –SIM, eles ainda existem! Você os encontra facilmente pela região, eles são mais baixinhos que a maioria das pessoas. Segundo o guia, a venda dos mapas ajuda a bancar um projeto educacional da comunidade. Eles teriam construído a escola sem apoio do governo e agora buscavam dinheiro para ajudar a manter a escola de ensino fundamental funcionando.

E você sabia que…

Chichen Itza é um dos Patrimônios da Humanidade declarados pela Unesco e uma das sete maravilhas do mundo moderno?

Vamos recapitular: Chichen Itza, o Coliseu romano, Machu Picchu, a muralha da China, as ruínas de Petra (Jordânia), o Taj Mahal na Índia e o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.

Quer saber o que achei do México? Contei um pouco da minha experiência neste post!

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