
Sei que o roteiro mais “tradicional” no Espírito Santo é seguir em direção às praias do Sul. Mas, durante o Pocando no ES, aquele encontro de blogueiros de viagem do qual participei, fomos desbravar um lado diferente diferente do Estado: subimos em direção ao norte, passando por Serra e Aracruz. E posso dizer que foi uma decisão super acertada!
Comece por Manguinhos. A praia fica no município de Serra, do ladinho de Vitória. Pense em uma vila de pescadores (mas com infraestrutura turística). Areia limpa, mar aberto, árvores para fazer sombra e fácil acesso de carro. Depois de uma caminhada pela praia, paramos para almoçar.

A dica é aproveitar a parada para conhecer o restaurante Maresias, onde é servida uma das cinco melhores moquecas capixabas do Estado. O clima do local é uma delícia: pé na areia, bem praieiro, com porções super fartas. Fomos convidados pelo restaurante para almoçar, e foi lá que provei o peroá, típico da região. E posso dizer que a moqueca é realmente incrível, viu? (Para quem não sabe a diferença, como eu não sabia, ela não leva azeite de dendê).
A partir daí, o litoral só tem visuais de tirar o fôlego: pare em Nova Almeida (ainda em Serra), nas falésias. O lugar é pouco conhecido, então estava vazio quando chegamos. Uma caminhada por ali rende belas fotos,

Falando em fotos, a parada obrigatória em Nova Almeida é na Igreja dos Reis Magos. Ela foi construída em 1580, e vem sendo restaurada deste então. Quando estivemos lá, parte dela estava sendo preparada para um casamento! Recomendo a visita e principalmente a vista a partir de dentro dela e do mirante externo –ela fica no alto de uma montanha!

Recomendo, ainda em Nova Almeida, a parada para provar o quindim e o sorvete mais tradicional da região. Os dois são aquele esquema “negócio de família”, sabe? No Tradicional Quindim de Nova Almeida, você pode dar a sorte de conhecer a família que administra o lugar há decadas; do lado está o “sorvete de Itu” na Sorveteria Domingos, do seu Domingos.
A cereja está em Aracruz. Quando chegamos a uma praia chamada Gramuté, quase não acreditei no que estava vendo: sabe praia quase intocada, daquelas com piscina natural e tudo mais? Pois é. Ela fica dentro de uma reserva ambiental (o que explica a preservação). É possível passar o dia sob a sombra das árvores e tomar um banho de mar sem se preocupar com mais nada.

Sem as paradas, essa viagem dura, no máximo 1h30. Se você ainda tiver tempo para ficar em Aracruz, recomendo o passeio de escuna pelo rio Piraqueaçu e a visita a uma tribo indígena!