Estive em Buenos Aires algumas vezes –de férias e trabalhando– e fiquei em opções bem diferentes de hospedagem. Para ajudar quem busca onde ficar em Buenos Aires, vou contar um pouquinho da minha experiência em cada uma delas –lembrando que nenhuma delas foi cortesia ou jabá, é vida real de turista.
Quer hostel? Hostel Suites Florida
Fiquei no Hostel Suites Florida em duas ocasiões viajando sozinha de férias: na minha primeira viagem para o exterior e quando o AirBnb me deixou sem casa em Buenos Aires (que você lê neste post). Ele fica no mais famoso calçadão da capital portenha, com as casas de câmbio, os vendedores ilegais de peso argentino, as lojas (ou tiendas) e a Galeria Pacífico.
Fiquei em quarto com 4 camas (feminino), 6 camas (feminino), duplo e individual. Na primeira viagem, comecei a estada no quarto de 4 camas. Conheci um grupo de brasileiras e conseguimos fechar um quarto com 6 camas. Fui transferida com uma das meninas para o duplo quando a minha cama e de mais uma das meninas teve bed bug (ou percevejo, e acredite: isso é muito mais culpa de quem viaja, se hospeda e traz de campos e montanhas sem higienizar a bagagem antes de entrar no quarto).
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Na treta do Airbnb, na segunda viagem, peguei um quarto individual. Era um esquema de quarto de hotel (e preço perto de quarto de hotel). Mas foi uma opção fácil na hora do pânico de não saber para onde ir. Para quem quer o clima de albergue da juventude, fazer amigos, conhecer gente, dividir passeios e não abre mão da privacidade, é uma excelente opção.
As camas são relativamente confortáveis, mas não são comparáveis às camas de um hotel. Só peguei quartos com banheiro, então a higiene era mantida de forma mais fácil pelos funcionários (eram 6 usando, e não 60). Wi-fi decente e café da manhã honesto (cereais, frutas, pães, café, leite e suco).
Aliás, o café da manhã é servido no bar que fica no subsolo do hostel –e o bar, o Fusion, também serve o jantar grátis aos hóspedes que pegam uma senha antes do happy hour. Cerveja honesta, com preço promocional, além dos jogos de futebol no telão. Tem balada pra quem é da balada (e como o bar fica no subsolo, não dá pra ouvir dos quartos). E o edifício do hostel tem elevador (um dos meus traumas é arrastar mala nas escadas).
E quem se hospeda lá? Vi de tudo. Jovens, adolescentes dando volta ao mundo, adultos em busca de amigos, idosos curtindo uma viagem com orçamento apertado. De tudo!
Quer hotel em Palermo?
Fiquei hospedada no Own Grand Palermo Soho em uma viagem à trabalho na cidade. Eu já conhecia o bairro –era onde ficava o apartamento do Airbnb que me deixou sem casa. Para quem busca onde ficar em Buenos Aires com facilidade de transporte, Palermo é ideal: aquela região é bem servida de ônibus, metrô, e é onde estão os melhores restaurantes –aqueles que certamente estão na sua listinha de “vou comer carne argentina de primeira para morrer de amor”.
O Own Grand Palermo Soho fica praticamente ao lado do Don Julio, um destes restaurantes (o outro é o Cabrera, que também está por ali). Ele fica super perto da Plaza Julio Cortazar, onde rola a feirinha de fim de semana e onde estão bares excelentes.
Para quem busca um lugar legal para trabalhar ou uma estava mais confortável, é uma boa opção de hotel. Wi-fi ótimo, café da manhã excelente (ovos preparados na hora, medialunas, queijos, doce de leite, café, sucos, bolos e pães. As camas são MUITO confortáveis. A piscina fica no topo do edifício, que também tem academia. Mas confesso que não me sobrou tempo para usá-la.
Quem se hospeda por lá? Eu vi muito casal e executivo, gente trabalhando (não sou executiva, mas confesso que não ia tomar café de chileno).
Se você vai com um orçamento de viagem um pouco mais folgado ou vai dividir o valor da diária em dois, ficar no Own Grand Palermo Soho vale super a pena. Clique aqui para fazer uma cotação do valor da data da sua viagem em Buenos Aires e a reserva com o cancelamento grátis. O hotel tem nota 8,3 no Booking.
Buscando uma opção em Puerto Madero?
Confesso que entrei no Sheraton Buenos Aires achando que será a estada mais rica da minha vida. O hall de entrada era lindo, o atendimento incrível e o elevador muito chique. Fiquei hospedada a trabalho e tinha conseguido um preço muito bom nas diárias sem café da manhã (sério, preço de hotel simples aqui em São Paulo).
Para a minha surpresa, o quarto não era a suíte mais incrível da vida. O chão era de carpete, o que já me incomoda profundamente. A cama era maravilhosa, muito confortável. A estrutura de trabalho era bem legal também (fora que a mesa tinha a vista de Puerto Madero). Wi-fi funcionada bem também. Achei o banheiro meio antigo, mas chuveiro tinha água quentinha e ele era bem grande e confortável (mas lembrava o fim da década de 1980, admito).
Eu não tomei o café da manhã no hotel (era caro demais). Mas a lista de comidinhas oferecidas parecia coisa de cinema. Fora que o restaurante fica no topo do prédio, então a vista é incrível.
Quem fica por lá? Só vi estrangeiro (digo, ninguém do circuito hermano Brasil-Argentina). Imagino que seja estrangeiro bem americano ou inglês ou japonês que curte um carpete no quarto.
A vantagem dele é a localização –do ladinho da estação do Retiro, de onde partem o metrô e os trens, e perto do porto de onde saem os barcos para Colônia do Sacramento, no Uruguai. Além disso, está perto da praça San Martin –onde começa o calçadão da rua Florida. Quer ver se o preço da diária cabe no seu orçamento e fazer a reserva (dá para cancelar depois! É só clicar aqui.
Se escolher ficar em uma destas opções, volte aqui e deixe um comentário contando como foi! É sempre bom saber se os serviços melhoraram/pioraram e se ainda vale a indicação.