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Conheça o Museu da Revolução, em Havana

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Museo de la Revolución  (sim, pode ler no melhor portunhol) é um dos lugares que todo turista deve visitar em Havana, independentemente da sua posição política. O local é história viva e super importante para entender a forma como a ilha foi conduzida desde que o governo de Fulgêncio Batista foi derrubado, em 1959. Foi por isso que escolhi contar um pouquinho do que vi lá na blogagem coletiva da RBBV para a #MuseumWeek. Museus e blogueiros do mundo participam da ação, falando do lugar que acham mais legal.

Mas vamos à parte histórica: o edifício do Museu da Revolução era o antigo Palácio Presidencial de Cuba, daí você já tem uma ideia de como é simbólico expor todas as bandeiras, memórias e eventos que culminaram na queda de Batista e na criação do novo governo justamente dentro deste local. Aliás, o próprio prédio tem as marcas do conflito armado: não deixe de reparar nos buracos de balas (e no tamanho dos buracos) em quase todas as paredes!

Foto: Talita Marchao

Basicamente, o museu é uma celebração aos chamados heróis da revolução: Che Guevara, Camilo Cienfuegos e Fidel Castro. Há inclusive uma estátua de cera de Che e Cienfuegos no andar superior. São expostos ainda objetos pessoais dos dois, como a boina de Guevara e o chapéu tipo cowboy de Camilo.

Foto: Talita Marchao

O museu é rico em material sobre a transição do capitalismo para o comunismo e, se você souber aplicar o filtro adequado na parte ideológica (lembre-se de que tudo ali é uma declaração de amor ao regime), aprenderá demais sobre a forma como a ilha foi reconstruída, conduzida e como chegou até os dias de hoje (independente de você concordar ou não com o regime).

Foto: Talita Marchao

De cara, nas escadas na entrada do edifício está o busto de José Marti, um dos heróis na luta pela independência de Cuba quando a ilha ainda era de posse espanhola. No caminho para os fundos, você passa pelo “Rincón de los cretinos”, com caricaturas de Fulgêncio Batista (Obrigado, cretino, por nos ajudar a fazer a revolução), e os presidentes americanos e republicanos Ronald Reagan (Obrigado, cretino, por nos ajudar a fortalecer a revolução); George Bush –o pai– (Obrigado, cretino, a nos ajudar a consolidar a revolução); George W, Bush –o filho–(Obrigado, cretino, por nos ajudar a tornar o socialismo irrevogável). E dá de cara com uma gigantesca bandeira cubana.

Nos fundos está uma espécie de edifício do Museu da Revolução, anexo envidraçado em que está exposto o Granma, o barco usado por Che e Fidel para chegar até a ilha quando partiram do México. Estão expostos ainda aviões e outros equipamentos usados durante a revolução. Tudo com um esquema de segurança feito por soldados cubanos.

Foto: Talita Marchao

Fique esperto com a hora de fechamento do Museu da Revolução, já que ele costuma encerrar as atividades cedo. Quando estive lá, entrei no limite daquele dia (15h), e tive somente uma hora para circular.

Na frente do prédio existe um trecho da muralha de Havana e um dos tanques usados por Fidel durante a invasão dos EUA na Baía dos Porcos, em Playa Girón (spoiler: os americanos perderam). De lá, vale descer até o Malecón e curtir o fim do dia com vista para o mar.

Está planejando conhecer Cuba? Veja mais dicas da ilha!



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Let’s Fly Away: Museu Botero, Bogotá, Colômbia;
Viajo com filhos: Nemo Science Museum, em Amsterdã, Holanda;
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Mochileza: Museu do Automóvel de Turim, Itália;
Comendo Chucrute e Salsicha: Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, Argentina;
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