Quando vi as notícias de que a mostra do Castelo Rá-Tim-Bum seria reconstruída no Memorial da América Latina, a primeira coisa que pensei foi: “de novo? O que tem de diferente desta vez?” E aí, meus amigos, fui até lá para ver graças ao convite do pessoal do Vem Pra Sampa, Meu e do Memorial da América Latina.
Se você acha que a única diferença do Castelo Rá-Tim-Bum é que desta vez a fachada do castelo foi construída, você está enganado. É claro que a montagem da frente do castelo é imponente e impressiona, mas tem mais coisas diferentes daquela mostra do MIS, feita lá em 2015.
“Mas como você sabe a diferença, Talita?”
Acreditem, estive na mostra do MIS duas vezes: uma sozinha e outra com uma amiga. Então, minha observação é de passeio, não sou uma especialista, ok?
O que mudou?
De cara, agora existe um quarto da “filha da Penélope”, a personagem interpretada pela atriz Angela Dip. A mostra do Memorial também me deu a impressão de ter mais material visual, tanto do Castelo como sobre a equipe. Ela também está mais interativa.
Outra mudança é a disposição das salas, completamente diferente em relação ao espaço do MIS. Tive ainda a impressão de que os espaços estão menores (mas isso pode ter a influência do mundo de gente que estava no Memorial). O bacana é que a mostra no Memorial me parece mais acessível a deficientes físicos, crianças e idosos, já que a única escada é a do salão principal, com a árvore (o MIS tem acessibilidade, mas achei bacana o fato de a mostra agora ser “térrea”.
Como a disposição das salas mudou, foi alterado também o que podemos chamar de “fluxo” da exposição. No Castelo Rá-Tim-Bum do MIS, a saída do espaço era uma consequência natural da passagem por todos os ambientes; no Memorial, o quarto da Morgana é um beco sem saída, e é preciso voltar para o saguão para sair. A desvantagem? Um mundo de gente no saguão, indo e vindo do quarto da Morgana, do Nino e da cozinha, todos se encontrando com a multidão de fãs tentando uma selfie com a cobra Celeste,
A explicação, supostamente, é que o espaço do saguão precisou ser construído fora do prédio do Memorial –o que explica o motivo pelo qual seria surreal fazer a saída por um mezanino construído do lado de fora e não em uma saída com segurança.
Me perguntaram se tem a cadeira giratória do Nino: TEM! Mas quando o saguão está cheio, fica impossível virar.
Se você quer saber a opinião do pessoal que acompanhou, a Camila, do Melhor Mês do Ano, tem um post excelente sobre a exposição!
Vale repetir o passeio?
Vale! A experiência muda com a alteração na disposição das salas, e o Castelo Rá-Tim-Bum construído na área externa do Memorial impressiona (tem até a bandeira do final da abertura do programa).
As filas –que continuam longas–, ficam em uma área coberta, e não na rua, na chuva e na fazenda como no MIS. A entrada ainda é controlada de acordo com o horário para o qual você comprou o ingresso. Uma tristeza é não ter o guarda-volumes, que ajuda na circulação sem bolsas, malas, guarda-chuva, casaco.
Vale lembrar ainda que o Memorial tem uma vantagem gigantesca: TRANSPORTE <3
A estação Barra Funda do Metrô e da CPTM fica literalmente colada no Memorial (você nem atravessa a rua). Ali tem também dezenas de linhas de ônibus e um estacionamento bem grande.
O ingresso é vendido na bilheteria do Espaço Gabo, no Memorial, ou pela internet –compre pela internet e não corra o risco de ir até lá e ficar sem entrada. Os ingressos custam R$ 20 (meia-entrada, R$ 10,00) + uma taxa de (in)conveniência de R$ 2 (pense que em show, a taxa costuma ser a metade do ingresso). E sim, amigos, a crise chega para todos e o ingresso dobrou de preço em relação ao MIS em 2015.
Crianças até 3 anos não pagam.
A mostra fica no Memorial até o dia 30 de setembro (dá para aproveitar nas férias de julho!).
E sabe uma coisa que não mudou? O PÚBLICO! Está cheio de adultos que cresceram vendo o programa. Então, não tenha vergonha de ver a mostra, aproveite (e por favor, não faça tantas selfies lá dentro, isso empaca o passeio. Aproveite para curtir a experiência, relembrar a infância <3 )