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Não tenha medo de viajar sozinha: é o máximo!




A pergunta que mais ouço quando as pessoas descobrem que adoro viajar sozinha é: “mas você vai sem ninguém?”. SIM, vou. Adoro viajar sozinha e muitas vezes faço até questão. E não estou falando de viajar com amigas, irmã, vizinha. É literalmente sozinha.

Percebi que quando você viaja com outra pessoa, o roteiro não é 100% seu. Você precisa contemplar as vontades da(s) outra(s) pessoa(s). Fica fácil quando o planejamento da viagem é feito em conjunto. Mas eu gosto de preparar a viagem desde a concepção: você planeja, pesquisa, simula preços, estuda, compra livro, salva site, pesquisa foto, investiga passeio, divide a cidade em áreas para exploração. E faço tudo isso em silêncio.

“Mas é perigoso?”. É claro que não. Obviamente você precisa tomar os cuidados que tomaria em qualquer lugar, até mesmo na esquina de casa. Você não vai deixar o seu copo descuidado na mesa, não vai se colocar em risco sem necessidade indo em algum lugar que você já pesquisou que pode ser perigoso.

Fazer selfie é uma arte de enquadrar com sorte e não fazer careta

É claro que isso não leva em conta culturas e/ou países em que a mulher não é respeitada em sua integridade. Na Turquia, por exemplo, que é um país que vende uma imagem ocidentalizada, optei por viajar na companhia de um amigo porque sabia que o assédio era muito pesado e muitas mulheres reclamavam da forma como eram tratadas por lá.

Em Istambul, passeei acompanhada dele e sozinha, e foram duas experiências diferentes: acompanhada, o garçom não falava comigo e o meu passaporte foi dado na mão dele; sozinha, o garçom sentiu-se no direito de me cantar. Nas duas ocasiões, fui cantada na rua de forma nojenta (em inglês, para que eu entendesse; não gosto de pensar no que pode ter sido dito em turco). Mas em momento algum me senti ameaçada, Ofendida? Sim.

Quais dicas dou para quem está a fim de viajar sozinha? Na primeira vez, fique em um hostel em quarto compartilhado (não tenha medo, assim é mais fácil fazer amigos). Não tenha medo de puxar papo no hostel, nos ambientes comuns. Faça walking tours e puxe papo com todo mundo, ninguém vai te julgar. Normalmente as pessoas do tour trocam whatsapp e Facebook e acabam se encontrando para outros eventos depois (outra forma ótima de fazer amigos).

Se você tem medo do idioma, faça como eu: uma primeira tentativa na Argentina (ou no Uruguai). Explico: o português nestes países é praticamente uma língua turística oficial, todo mundo vai te entender. A Argentina exige mais malandragem no quesito “não seja passada para trás”, mas não é nada que um brasileiro não saiba tirar de letra.

Minha primeira viagem sozinha na Argentina e os amigos que fiz no hostel –e falta gente nessa foto! Foi um jantar em Puerto Madero no restaurante mais barato (as fotos de balada eu não mostro! rs)

Sempre prefiro Uber ou táxi pedido por App porque gera um registro do pedido, de quem te buscou e até mesmo do trajeto. Evite pegar táxis fora destas opções. Eu ainda faço uma foto do registro do carro ou dou um jeito de anotar a placa de alguma forma. Não é neura, mas vai que você precisa para algo.

Um problema podem ser as fotos (juro!). Você vai voltar cheia de selfies. A não ser que tome coragem e peça para estranhos fazerem fotos. Não tenho vergonha! Sempre aproveito e peço para um casal, e em seguida me ofereço para fazer a foto dos dois no local (pense, um casal tem o mesmo problema que você). Assim, todo mundo sai ganhando com a boa fotografia!