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Monte Verde, em MG, não é só lua de mel

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A cidadezinha em Minas Gerais é a coisa mais fofa e romântica do mundo. Chalés, lareira, fondue, casais apaixonados. Mas não é só isso. Ela tem umas trilhas super bacanas para curtir durante o dia (durante o período em que você não está de mimimi amor). Elas são super bem sinalizadas, então pode desencanar de guia (pelo menos nas mais leves, a mais difícil delas ainda não conheço). Nas minhas duas visitas fofas (com dois namorados diferentes RISOS), fiz a trilha mais psicotécnica e a segunda mais difícil, e posso dizer que a vista de todas elas é incrível. Por isso, se você planeja me namorar, reserve a pousada desde já e prepare o tênis confortável, porque a próxima trilha será a mais difícil delas.

trilhasmonteverde

Arte gentilmente reproduzida do site Guia Monte Verde (o mapa é interativo lá, você pode entrar e ver as fotos da vista de cada lugar). Vale lembrar que é possível chegar de carro até uma parte das trilhas. São duas entradas diferentes. De lá, você abandona o veículo e segue a pé. E vale levar um casaco. Lá em cima é bem frio e venta muito, acredite.

Na primeira vez, conheci o Platô (1.945 m acima do nível do mar), que é a trilha psicotécnica. Super fácil, super tranquila. Tinha criança, tinha farofa, cada um sobe no seu ritmo. Vista para o Vale do Paraíba. Em dias bem claros, dá para ver o rio Paraíba e São José dos Campos lá longe. No Platô, vi placas para seguir para o tal Chapéu do Bispo (1.955m, e que a galera normalmente reclama que não tem nada demais, que é uma formação de rochas que só tem graça quando é vista de longe). É também do Platô que sai a trilha para o Pico do Selado (a mais punk, demorada e mais alta, 2.082 m acima do mar). Diz a lenda que lá tem um livro para assinatura. Vou procurar!

Na segunda vez, fui até a tal Pedra Partida (2.046 m), passando pela Pedra Redonda (1.950 m). A subida para a tal Pedra Partida é triste. Juro. Lembro que cheguei num ponto em que sentei numa clareira e ameacei chorar. Mandei o ex me largar lá e subir até o fim sozinho (ô namorada chata que eu era). Mas fomos despreparados. Sem água, com tênis desconfortável, e eu estava com uma blusa fina. Mas na hora em que chegamos lá em cima, valeu cada palavrão que disse pelo caminho. Que vista incrível da cidade, do aeroporto (o mais alto do Brasil, juro), da Pedra do Baú em Campos do Jordão, dos mares de morros de MG. Coisa mais linda, gente.

Aliás, a cidade é cara. As pousadas são fofas, para variar. Climão de lua de mel, mas vi muitas famílias com filhos (provavelmente feitos em Monte Verde anos antes). A cidade tem outras atividades naturebas para quem tem tempo e disposição. Tem a comida boa, a lenha para lareira. Da primeira vez, fiquei num chalé com uma vista surreal (estou procurando as fotos. Se não joguei fora com o fim do relacionamento, posto aqui depois). Da segunda vez, fiquei numa pousada sensacional, com discos de vinil para ouvir, milhares de jogos de tabuleiro para empréstimo, piscina para os corajosos no frio. E foi bem barata, viu? Era um lugar com um climão bem hippie (e não hype).

A estrada até lá é tensa. Você vai até Camanducaia, na fronteira de SP com MG, pela Fernão Dias. De lá, se perde na cidade até achar a estradinha para subir até Monte Verde. É um desfiladeiro sem fim com uma vista maravilhosa, mas não recomendo subi-la à noite (fiz isso, foi tenso).

Ah, perdão pelas fotos ruins. Eu era uma formanda em jornalismo mais preocupada com o amor do que com a estética (e como vocês podem notar, a gente muda prioridades. Hoje prefiro fotos <3 )

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